É possível dividir o primeiro tempo da partida em duas metades. Na primeira, os times se estudavam muito, evitando forçar as jogadas e buscando o gol pelo alto. No Botafogo, Loco Abreu tentou duas vezes, cabeceando por cima, enquanto Leandro Euzébio levava perigo pelo Fluminense.
Depois da parada técnica, o jogo esquentou, com gols, cartões e muita emoção. Quem abriu o placar foi o Botafogo. Em falta próxima à área, Renato cobrou com precisão, acertando o ângulo direito de Diego Cavalieri, aos 23.
Dois minutos depois, Renato, melhor jogador do Botafogo na etapa inicial, criando e finalizando bem, acertou um chutaço no travessão, quase ampliando.
Em desvantagem, o Fluminense se lançou mais ao ataque. Em boa tabela com Fred, Mariano bateu cruzado e Jefferson salvou com o pé. O goleiro, porém, não pôde evitar o gol de Rafael Moura, de cabeça, aos 30.
Começou, então, uma série de lances polêmicos que irritaram os botafoguenses. Primeiro, aos 30, Alessandro dominou na área e reclamou de ter sido derrubado por Carlinhos. Depois, Valência atropelou Herrera e recebeu o segundo cartão amarelo, sendo expulso. Como o árbitro demorou a mostrar a advertência, Loco Abreu protestou, recebendo ele o amarelo. Na confusão, Fred apareceu e empurrou o uruguaio, ainda assim saindo impune.
Para piorar a atuação de Gutemberg de Paula Fonseca, aos 43, Renato, que já havia cobrado uma falta rente à trave e outra obrigando Diego Cavalieri a fazer difícil defesa, bateu de fora da área, a bola bateu no travessão, ultrapassou a linha e voltou. Nem o árbitro nem seus assistentes confirmaram o gol.
Outro erro de arbtragem colocou o Fluminense em vantagem. Para começar, foi marcada falta inexistente de Antônio Carlos em Fred. Aos 43, Souza cobrou, Fred desviou e Rafael Moura, impedido, finalizou para o gol, quase evitado por Jefferson.
E, para fechar o primeiro tempo no qual os erros prejudicaram apenas o Botafogo, Marcelo Mattos fez falta em Conca no campo ofensivo e recebeu o cartão vermelho direto, em uma interpretação muito rigorosa do árbitro.
A etapa final também começou cheia de lances polêmicos e de confusão. Aos 7, Loco Abreu foi agarrado por Rafael Moura dentro da área. Pênalti para o Botafogo! O uruguaio cobrou com sua tradicional cavadinha, mas Diego Cavalieri ficou parado no meio do gol e pegou.
Menos mal que o atacante teve a segunda chance pouco depois e converteu, também com uma cavadinha, aos 11. O pênalti foi sofrido por Bruno, que invadiu a área e foi deslocado por Edinho no momento da conclusão.
Com os dois times com dez jogadores e os nervos à flor da pele, o jogo ficou ainda mais aberto e emocionante. Herrera fez grande jogada aos 17 e tocou para Loco Abreu, que conseguiu limpar o goleiro, mas Andre Luis chegou para cortar. Pouco depois, aos 19, Renato deu passe açucarado para Herrera virar o placar: 3 a 2!
O Botafogo queria mais e só não conseguiu no minuto seguinte por causa de Diego Cavalieri. Ele fez grande defesa em finalização de Loco Abreu após passe de cabeça de Herrera. O tempo técnico serviu mais para todos respirarem, em um jogo eletrizante.
Na volta, continuou a busca incessante pelo gol. De um lado, Conca lançou para Fred, que só não finalizou porque Antônio Carlos foi preciso na cobertura. Do outro, aos 25, Alessandro entortou Araújo e cruzou na cabeça de Loco Abreu, que parou em Cavalieri.
Se no Fluminense o goleiro aparecia bem, o do Botafogo não poderia ficar atrás. Aos 32, Mariano cruzou, Araújo cabeceou no contrapé e Jefferson se esticou para fazer uma grande defesa. O camisa 1 alvinegro também apareceu ao espalmar dois chutes de Carlinhos, o último já no fim do jogo. O suficiente para garantir a vitória espetacular, a classificação e a primeira colocação!
BOTAFOGO: Jefferson, João Filipe (Arévalo), Antônio Carlos e Márcio Rosário; Alessandro, Marcelo Mattos, Bruno, Renato (Everton) e Marcio Azevedo (Somália); Herrera e Loco Abreu. Técnico: Joel Santana.
Créditos: botafogo.com.br
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