Apenas quinze minutos de conversa com dona Nelma revelaram uma mulher forte e simpática. De ótimo humor, sorria o tempo todo e contava, orgulhosa, particularidades e histórias do início da carreira do filho.
- Desde pequeno, ele queria jogar futebol. Ficava pedindo para entrar no time do irmão, que é cinco anos mais velho. Um dia, o técnico o chamou e lá foi ele no meio dos adultos com seu tênis laranja e roxo. Eu disse que era meio ‘cheguei’, mas ele gostava tanto. Fazer o quê, não é mesmo? – brincou dona Nelma.
A lembrança da mãe arrancou risadas de Caio, que acrescentou mais detalhes sobre seu comportamento “cheguei” nos Estados Unidos.
- Não era só o tênis. Eu usava cabelo amarelo, calça amarela. Um horror. Os meninos na escola me chamavam de suco de laranja, Eminem (rapper americano). E, no primeiro dia de aula, eu estava tão nervoso que quando a professora perguntou o meu nome eu respondi ‘yes’ (sim, em inglês). Pronto, virou meu apelido até hoje entre os meus amigos americanos – revelou.
As histórias da infância trazem sorrisos para Caio e dona Nelma. E ambos também concordam com uma coisa: as discussões entre ambos só acontecem pelo excesso de zelo da mãe.
- Essa é a pior parte. Ela fica me ligando o tempo todo. É uma mãe muito coruja. Tem ciúmes até da minha namorada. Mas isso mostra o amor que tem por mim – disse Caio, confirmando a revelação da mãe.
- Eu ligo mesmo, fico muito preocupada. Uma vez, liguei para o telefone dele e um outro garoto atendeu. Perguntei o nome. Quando respondeu quem era e eu vi que era um amigo dele, disse que era engano e desliguei (risos).
Retomada a relação entre mãe e filho, agora só falta uma coisa para deixar dona Nelma completamente satisfeita.
- Quero ver o Caio sendo campeão – afirmou, já falando sobre a estreia do filho no Brasileirão contra o Palmeiras, em 22 de maio. Em sete meses, o desejo pode ser realizado.
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