- Vai ser muito bom poder ficar junto depois de tanto tempo. Um dia muito especial para a gente e para a minha família toda. Esses quatro anos foram muito difíceis. É muito ruim não ter a mãe por perto. A gente mantinha contato por telefone e pela internet, só que, às vezes, ela esquecia até do meu aniversário. Eu ficava triste, não entendia porque era pequeno. Mas agora sei que ela trabalhava muito lá. Não é fácil a vida nos EUA. Imagino o que ela passou – contou Caio, que lembra de uma vez ter pedido ao tio para comprar um presente e entregar à mãe só para não deixar a data esquecida.
Dona Nelma reconhece que a vida atarefada em Massachussets, estado do leste dos EUA, às vezes a fazia esquecer os dias no calendário. Mas agora ela não quer mais perder tempo. A mãe coruja conta que vai a todos os jogos do filho e dá conselhos para conter a ansiedade do jovem atacante.
- Eu sempre fico na arquibancada. E, quando ele entra para jogar, já olha para mim. Sabe que estou lá. E fora de campo também estou por perto. Agora precisei dar colo. Ele estava chateado com o momento do time, então conversou comigo, disse que tinha vontade de ser titular para poder ajudar mais. Mas eu disse para ele ter calma, que tudo tem seu tempo. Ele entendeu – revelou dona Nelma, que teve essa conversa com Caio no último domingo, duas semanas após a eliminação do Botafogo do Carioca e da Copa do Brasil.
Presente bom para a mãe? Sapatos, muitos sapatos
Depois de muito tempo sem se preocupar com isso, Caio se viu de volta à rotina de procurar um presente de Dia das Mães. E, dessa vez, nem a namorada pôde ajudar. Laryssa mora em Volta Redonda (interior do estado fluminense), assim como dona Nelma, e o atacante, em meio aos dois períodos diários de treino na intertemporada alvinegra, precisou ir ao shopping ao lado de General Severiano mesmo. Com a ajuda da reportagem do Globoesporte.com, que já havia “sondado” as preferências da homenageada, o jogador foi direto a uma loja de sapatos.
- Dá vontade de levar tudo e jogar no colo dela. Assim, ela escolhe o que gosta mais e eu deixo ela feliz de qualquer jeito. Para a mãe que é, merece isso e muito mais – garantiu.
Caio ficou em dúvida na hora de escolher. Por isso, levou uma sapatilha vermelha, uma bota preta e ainda uma bolsa. A quantidade de presentes não deve incomodar dona Nelma, claro. O único problema vai ser achar espaço no armário.
- Eu amo sapatos. Antes de eu me mudar para os EUA tinha vários, muitos mesmo, nem sei quantos (risos). Era um grande estoque. Mas, quando viajei, dei tudo. Doei para amigos, caridade. Lá comprei mais e trouxe uns quinze pares para o Brasil. Só que aqui já comprei mais uns seis. Se pudesse escolher, queria mais um – divertiu-se dona Nelma, antes de receber as três sacolas de presente de Caio.
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