Em um ótimo primeiro tempo, emocionante do início ao fim e com diversas chances de gol, quem mais ameaçou foi o Botafogo. Jogando em casa e com apoio de sua torcida, o time se impôs e obrigou o Fluminense a fugir de suas características, tendo de buscar contra-ataques. A grande chance tricolor veio logo no início, quando Emerson ficou livre, mas bateu por cima. Antes, o Botafogo já reclamara pênalti em Edno. O atacante, surpresa de Joel Santana, foi bem na etapa inicial e levou Gum à loucura. Aos poucos, começou a aparecer também Somália, levando vantagem no meio-de-campo, mas pecando na finalização ou no último passe. Em um bom chute, obrigou Fernando Henrique a espalmar. Marcelo Cordeiro foi outro que arriscou muito, porém errou na direção. Em mais uma bela oportunidade alvinegra, após troca de passes, Lucio Flavio bateu cruzado e Herrera quase chegou para completar, aos 15. Então, apesar do domínio alvinegro as chances de gol diminuíram. Fred tentou de primeira, Jefferson pegou, e Carlinhos, em contra-ataque, bateu para fora. Quem chegou mais perto foi o Botafogo, com linda jogada de Herrera e Diogo quase marcando contra, em boa defesa de Fernando Henrique, aos 45. Quem pensava que o ritmo ia diminuir no segundo tempo se enganou. Prova disso é que Conca teve duas chances no início, mas furou uma e bateu para fora na segunda. Do outro lado, Edno assustou em cobrança de falta, por cima. O Botafogo voltou a dominar e quase marcou em chute de Somália, que Fernando Henrique espalmou para escanteio, aos 10. No lance seguinte, Marcelo Cordeiro entraria livre, mas foi marcado impedimento que não havia. A arma tricolor era o contra-ataque. Em um em alta velocidade, Leandro Euzébio serviu Emerson, que bateu na saída de Jefferson, mas errou o alvo. Pouco depois, o atacante teve nova chance, driblou o goleiro e abriu o placar, aos 15. O gol deu ao Fluminense a chance de começar a catimbar o jogo. O Botafogo quase empatou com Antônio Carlos, mas o adversário começou a amarrar a partida. Em lance confuso, fora do lance de bola, Mariano tomou amarelo, para revolta dos alvinegros, que queriam vermelho. Joel Santana, então, teve de partir para o ataque, com Caio e Renato nas vagas de Fahel e Lucio Flavio. Em uma boa jogada de Renato, veio o cruzamento, de perna direita, Edno tentou desviar, não conseguiu, mas a bola entrou de mansinho, aos 31. Era o empate. A torcida alvinegra se empolgou e voltou a empurrar o time com força total. Com a posse de bola, o Botafogo quase virou com uma bomba de Leandro Guerreiro espalmada por Fernando Henrique. Depois, em grande jogada de Caio, foi Edno quem esteve perto de marcar, aos 35. O lance mais incrível aconteceu na jogada seguinte. Em bom cruzamento de Renato, Antônio Carlos cabeceou no travessão, a bola voltou para o zagueiro, mas insistiu em não entrar. Mas a emoção era para os dois lados, como provou Emerson ao também acertar a trave. A sucessão de chances também era impressionante. Em grande contra-ataque do Botafogo, Somália achou Caio livre. A finalização foi boa, mas Fernando Henrique conseguiu salvar o gol, aos 39 minutos do segundo tempo. Deu tempo ainda para Thiaguinho ser expulso por agressão, e Somália e Danny Morais pelo segundo cartão amarelo. Na última chance, Marquinho bateu falta e Jefferson espalmou para escanteio, garantindo, ao menos, o empate.
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